Joaquim Maria Machado de Assis, o Espirituoso

with No Comments

Rediscovering One of the Wittiest Books Ever Written

Wit leaps centuries and hemispheres. It does not collect dust, and, when done right, it does not age. “The Posthumous Memoirs of Brás Cubas,” by Joaquim Maria Machado de Assis, is a case in point. Long forgotten by most, it’s one of the wittiest, most playful, and therefore most alive and ageless books ever written. It is a love story—many love stories, really—and it’s a comedy of class and manners and ego, and it’s a reflection on a nation and a time, and an unflinching look at mortality, and all the while it’s an intimate and ecstatic exploration of storytelling itself. It is a glittering masterwork and an unmitigated joy to read, but, for no good reason at all, almost no English speakers in the twenty-first century have read it (and I first read it only recently, in 2019).

Livro de Machado de Assis em inglês esgota em um dia nos EUA

“Memórias Póstumas de Brás Cubas” caiu no gosto dos americanos sete dias após os protestos contra o racismo nos Estados Unidos

Machado de Assis era um homem negro — o que torna o lançamento de seu livro em inglês ainda mais simbólico. Em julho do ano passado, uma ação corrigiu a cor da pele do autor, consagrado por outras obras, como Dom Casmurro, seu livro mais famoso, e Quincas Borba, em fotos históricas. Por muitas décadas, a cor da pele de Machado foi colocada de lado e gerações de alunos entenderam que o maior nome da literatura brasileira era branco. O escritor era filho de pai negro e mãe branca e passou a infância na pobreza.

“Este livro é uma obra de seu tempo, mas, de muitas formas, para crédito de Machado e discrédito de nós mesmos, também fala sobre a nossa realidade. Existem ecos — troque a febre amarela pela covid-19 — e há a continuidade — racismo sistêmico, tão pungente hoje quanto em 1880”, escreveu a tradutora em outro tuíte.

Machado de Assis: autor, que era negro, teve sua cor corrigida em fotos históricas somente no ano passado; nova tradução de seu romance mais famoso virou febre nos EUA 
(Reprodução/Wikimedia Commons)

E o que essa nota tem a ver com imagem? Bueno, se não fosse a imagem você não conheceria a casa de Joaquim Maria Machado de Assis, o espirituoso. E de resistência não vou nem falar. O Brasil é um país espirituoso.

“O Brasil não conhece o Brasil”

Leave a Reply