Naomi Osaka, Lewis Hamilton e Lebron James

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Osaka, Lewis e LeBron: antirracismo marca êxito de negros no fim de semana

Filha de mãe japonesa e pai haitiano, a tenista mora nos Estados Unidos desde os três anos de idade. Desde que começaram as manifestações contra o racismo no país, em maio, ela se posicionou. Neste US Open, criou sete máscaras em que foram estampados os nomes de cidadãos negros mortos por causa do racismo. A cada partida, Naomi entrava em quadra com uma máscara diferente. Ela avançou até a final, participou de sete jogos e conseguiu homenagear as sete vítimas cujos nomes foram destacados nas máscaras. Quando indagada, após a decisão, sobre a mensagem que passou ao usar as sete peças, Osaka rebateu com outra pergunta: “Qual foi a mensagem que você recebeu? A pergunta é mais essa. O objetivo é fazer as pessoas falarem.”

A força por trás das sete máscaras

“Eu sou uma mulher negra. E, como uma mulher negra, eu sinto que têm muitos assuntos mais importantes acontecendo que precisam de atenção imediata, mais do que me ver jogar tênis. Eu não espero que nada drástico aconteça por eu não jogar, mas se eu conseguir iniciar uma conversa em um esporte majoritariamente branco, eu considero um passo na direção certa. Assistir o contínuo genocídio de pessoas negras nas mãos de policiais me deixa enojada. Estou exausta de ver novas hashtags surgindo e extremamente cansada dessa mesma conversa de novo e outra vez. Quando isso terá um basta?

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Hamilton manda recado à FIA sobre protestos na Fórmula 1: “Não vou parar, não vou desistir”

“Não vou parar, não vou desistir”. De forma enfática, Lewis Hamilton mandou um recado direto na manhã desta terça-feira (15). O hexacampeão do mundo e cada vez mais perto do hepta escreveu nos stories de sua conta no Instagram pouco depois de a emissora britânica BBC noticiar que a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) desistiu de abrir um processo investigativo sobre a postura do piloto no pódio do GP da Toscana de Fórmula 1 do último domingo.

Brasileiros fortalecem pauta antirracista da NBA na MLS: “Lutar juntos”

Everton Luiz, do Real Salt Lake, viveu episódios de racismo. Um deles foi quando atuava no Partizan, da Sérvia. “Torcedores do time adversário passaram o jogo inteiro me chamando de macaco e fazendo gestos e sons se referindo ao animal. Ao invés de receber apoio, fui massacrado e a diretoria da equipe rival ainda me insultou, mandando eu voltar pro Brasil”, diz, antes de completar.

No final, fui até a arquibancada, mostrei o dedo do meio e foi isso que causou revolta aos outros, não os gestos racistas que fizeram em minha direção ou as palavras de ofensa. Fui expulso, saí como culpado, mas tudo que fiz foi reagir por ter sido atacado. Não segurei as lágrimas, me senti impotente, decepcionado e com muita raiva.”

O brasileiro diz que presenciou e viveu outros atos de racismo, inclusive com familiares. Nesta semana, mais um: recebeu mensagens privadas no Instagram com xingamentos deste teor e emojis de banana. “Esse não foi o primeiro e tenho certeza que não será o último. Aí, me pergunto: até quando?”

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E no Brasil…

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O Brasil e os EUA na luta antirracista

E nós aqui do Photo Resistance também não vamos parar e nem vamos desistir!

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